
O sol brilhava, os seus raios quentes penetravam pelo meu quarto acalentando-o, a brisa do mar soprava da janela, a cortina translúcida de tom argênteo, dispersava-se. Aproximei-me e fui ao seu encontro, desviei-a do meu olhar.
As gaivotas voavam sobre o céu azul, umas escassas nuvens de aspecto fofo desciam sobre elas e quase as tragavam. Mais a baixo as ondas do mar na sua obstinação, impulsionavam os rochedos, com a frescura de sempre. Os meus olhos não conseguiam ver a beleza que estava à frente deles.
Emaranhada na névoa densa dos meus pensamentos deixei de sentir a essência da fragrância, como o calor dos raios do sol, na nudez da minha pele. Para sentir um frio gélido que veio das profundezas do meu ser que percorreu todo o meu corpo, ao ler as tuas palavras escritas a preto no papel branco, que estava presa na minha mão.
Por momentos não quis acreditar no que lia. Era amargo demais “pensei” para ser encerrado por umas meras palavras escritas a negro.
Muitas vezes na minha mente já me tinha ocorrido que era uma possibilidade, que poderia vir a acontecer num futuro proximo. Mas a outra parte de mim … o sentimento puro que tinha por ti, não me deixa ver com a limpidez necessária.
Uma lágrima brotou dos meus olhos e deslizou pelo meu rosto, quando vi a tua imagem, a tua imagem desfocada à minha frente.
O teu bálsamo ainda estava no meu corpo, a tua presença no meu pensamento e nele a magia do teu sorriso, o brilho do teu olhar quando me olhavas nos olhos. O toque da tua pele na minha.
Recordei, a nossa última vez, no calor da noite tu e eu, à beira-mar, ao sabor da brisa, nossos cabelos esvoaçavam, nossos corpos colados num toque leve porém, sentia o calor do teu corpo no meu. A minha mão nos teus cabelos sedosos deslizava, de encontro ao teu tronco e aos botões da tua camisa negra, para os desapertar. Seguidamente acariciei a tua face com os meus dedos e tu pegaste na minha mão e nela senti os teus lábios doces, quentes. Olhei-te profundamente nos teus olhos, os teus lábios ligaram-se dos meus e saboreei-os com todo o meu desejo. Senti o toque das tuas mãos, no meu corpo, na minha pele, subindo e descendo como uma dança, ao compasso da melodia do ofegar da nossa respiração e da sonância envolvente do mar.
Despertei do meu sonho, olhei para o papel que estava molhado, amachucado, junto ao meu peito. Em instantes as perguntas formularam-se na minha mente, porquê?
Porquê, estas negras palavras?

De
Anaconda a 7 de Novembro de 2008 às 13:17
Porque paraste?
É dos blogues mais interessantes que conheço.
Ainda que tenha sido só uma fase, vale pela criatividade.
Bjo
De
Nárwen a 15 de Novembro de 2008 às 15:08
Olá!!!
Primeiro de tudo quero agradecer as tuas palavras. Obrigado.
Perguntas porque parei ?
Sobre o parar e não parar de escrever, passo a explicar… como não tenho muitos comentários pensei que as minhas palavras passavam despercebidas aos olhos do mundo.
Porém, também tenho andado embrenhada com os meus pensamentos, a minha vida, que esqueci de escrever, para o publicar.
Contudo, prometo que em breve alguma coisa emergirá.
Não sei se te vou dar alguma novidade todavia, aqui vai, tenho outro blog.
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Para ti…um beijinho “smack”.
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¸.•´ ¸.•*´¨) ¸.•*¨)
(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*
De
Anaconda a 15 de Novembro de 2008 às 18:47
Olá!!
Como vês, não passam tão despercebidas como isso. Qualquer post que se recebe é um incentivo de continuidade. Sim, já vi os (e não o) teus outros blogues e mantêm a criatividade deste. Só postei neste porque de alguma forma é aquele com o qual mais me identifico. E nenhuma instrospecção é tão profunda que não permita a emergência de qualquer coisa positiva, pelo que aguardo então por novidades. Só uma correcção ao teu voto de confiança no meu lado angelical: não é poetisa, é poeta. Bjo
De
Nárwen a 17 de Novembro de 2008 às 16:31
Oi!!!
Agora fiquei embaraçada!
Poeta, peço-te imensamente desculpas pelo meu equívoco.
Já agora, posso saber o nome do poeta?
Sim, é o que parece as minhas palavras não te passaram despercebidas, fico deveras feliz por isso.
Espero não te decepcionar com as novidades.
Para ti…um beijo doce “smack”.
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(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*
De
Anaconda a 18 de Novembro de 2008 às 00:38
Nãotens de te sentir embaraçada, nem de pedir desculpa. Anaconda é um nome ambíguo e dado ao equívoco. E quanto ao nome... manter-se-á simplesmente Anaconda. E não estou à espera de ficar ário. desiludido com as novidades, antes pelo contrário. E este teu post devia chamar-se "The magic ends", atendendo a que foi o último desde há muito.
Bjoka
De
Nárwen a 18 de Novembro de 2008 às 13:43
Poeta misterioso, por nome Anaconda.
Interessante!!!
Estou a ver que não basta umas simples palavras para te revelares.
Dizes que post devia chamar-se "The magic ends" penso que não, fica melhor a que está no momento, contudo tenho que te agradecer porque foram as tuas palavras que me incentivaram e inspiraram a escreve-lo.
Espero que gostes!!!
Tenho esta pagina na net se sentires curiosidade vai visita-la talvez ai em privado eu consiga desvendar um pouco mais de ti.
http://pt.netlog.com/Narwen2
Para ti…um beijinho suave como uma pluma.
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(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*
De
Anaconda a 19 de Novembro de 2008 às 14:14
Desculpa a minha burrice, mas n percebi... esse url k deixaste no meu blog não é deste post já antigo?
Mandei-t uma msg sobre a página (p o mail k tá no teu perfil). S puderes vê. S ñ, diz qq coisa.
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