Quarta-feira, 21 de Novembro de 2007



2008/
Um Feliz Natal!!!

Nesta época em que nos encontramos, reina o mundo da ilusão, um mundo de encantamento que contagia o meu ser, o teu ser...
A noite apropinqua, e desperta um sentimento de paz, harmonia e nostalgia.
Até, para os mais cépticos, os que não se deixam inebriar por qualquer ente, é uma noite mágica, é a noite de Natal.
Não necessita da religião para sentir o perfume no ar, o sorriso, os olhos a brilhar das pessoas que nós cruzamos pelas ruas.
É manifesto a alegria expressada nos seus lábios, as palavras doces, meigas até mesmo para os ignotos.
A família reencontrasse, abraços, beijos são dados e por momentos sentimo-nos novamente a sorrir como crianças.
Sente… essa magia a entrar na tua pele, a percorrer o corpo e aquecer a tua alma, e deixa-te envolver na atmosfera que rodeia o Natalício e deixa invadir no teu coração o amor.




A temperatura tinha arrefecido, o dia escurecia a cada breve minuto que passava, se bem que ainda fosse manhã. Umas excessivas nuvens de aspecto sombrio imperavam no céu perfumadamente cinzento.
Como uma pintura leve e delicada as gotas de água da chuva surgiam e começavam a misturava-se com a terra, formando tons de aguarela. O sopro da brisa denunciava a chuva, com a sua fragrância característica.
Senti alguns pingos de água gélidas a caíram sobre mim, estremeci, quando fui atingida por uma sensação de frio que percorreu o meu corpo. Recordei, que por a urgência das tuas palavras, não tinha trazido nada para me proteger da chuva.
Entretanto, sem aperceber-me, as nuvens desmoronaram-se, e a água caía com uma intensidade veemente. No solo as cores mudavam de tons, de acastanhados leves para os laranjas secos.
A minha roupa estava colada ao meu corpo de tão embebida. Os meus cabelos negros molhados descaídos sobre o meu rosto pingavam gotas de água, como semblante de vidrino.
Sobre a minha face, descoberta as gotas descaiam como lágrimas e percorriam o caminho para o meu peito.
A chuva caia a fio a minha mão passou pelo rosto para enxambrar, contudo sem sucesso.
Senti uma necessidade de aquecer meu corpo, pois ele assim o exigia. Na minha mente surgiu apenas um pensamento, um refúgio!!! Porém, as ruas estavam completamente desertas, sem uma única pessoa, um carro, as portas das lojas fechadas. O vento começava a zunir e levantava as folhas do chão com voragem. Descortinei um recanto de uma esquina, para poder esperar, que aquela chuva parasse porém, só por algum tempo, pois tinha de continuar, ali não poderia ficar.
O frio que sentia era imenso e toda eu, tremia…



Num gesto despretensioso, os teus olhos encontravam-se com os meus, o teu olhar era profundo, brilhante, teus lábios esboçaram um sorriso, doce e resplandecente.
A tua voz, com um sopro da brisa tremulava, fluía até aos meus ouvidos, num som doce como uma carícia, uma leve pluma.
Senti a tua mão envolvendo a minha, acariciando-a e beijando-a.
Olhei nos teus olhos azuis que cintilavam como uma chama, o toque suave dos teus dedos a deslizarem e acariciarem suavemente o meu rosto, passarem pelos meus lábios.
Senti uma vontade enorme de te tocar, abraçar, sentir o teu corpo quente junto ao meu, um querer arrebatador de um encontro de lábios.
Como por um toque de mágica, os nossos lábios tocaram-se suavemente um no outro despertando-me...
Envolvendo-me, com aquele mistério de sedução, paixão, acordando as minhas emoções escondidas, ocultas, nas profundezas do meu ser.
Teus braços circundavam o meu corpo, numa carícia, os meus dedos penetravam pelos teus cabelos negros, suaves como seda.
Um sussurro ao ouvido, um beijo húmido… o despertar dos sentidos…
Uma paixão ardente que não quer calar…

Sábado, 17 de Novembro de 2007

A chuva caia lá fora num sussurro, o som do tilintar dos pingos fazia emergir um mistério para desvendar. A agitação na rua naquela noite era grande, ouvia-se o sibilar do vento fazendo estremecer até o mais intrépido. Na pequena janela a água da chuva batia no vidro deixando pequenas gotas translúcidas, que morriam um pouco mais tarde.
Olhando fixamente para o exterior tentando reconhecer algo familiar porém, nada se via, apenas um vazio negro, profundo, uma bruma de negrume.
A escuridão lutava para penetrar com os seus raios sombrios pelo quarto a dentro, numa luta desigual as chamas das velas reluziam uma luz ténue, vibrante deixando um ambiente benevolente, agradável.
Por momentos, fiquei ali parada embrenhada nos meus pensamentos profundos, distantes, imaginando, recordando, perguntando-me porquê? O porquê, daquela noite, eu ali sozinha. Estremeci, senti uma tremura em meu corpo, num acto impensado, a minha mão passou pelo meu rosto suave, com a leveza duma pétala de rosa, e encontrou os meus lábios rosados, e sem a deter passou pelo meu peito e senti a ausência de calor na minha pele.
Deitada na minha cama pensei, como tudo poderia ser diferente, bastava uma palavra tua, no último momento da quebra ligâmen.
De certo que as minhas palavras morreriam nos meus lábios ao ouvir de ti a palavra, a palavra…
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(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*

Aqui... neste pedacinho vou escrever algumas palavras sobre mim pois, deves de estar curioso(a)...
Porém, algo te fez vir até mim, talvez a aura de magia talvez a tua intuição, ou o destino, não sabemos!!!
Cogito que na tua mente brota a semente da curiosidade, quem sou? Como sou?
E eu pergunto quem és?
Não quero mentir não quero enganar apenas e só quero me revelar, revelar-me aos teus olhos astutos e brilhantes, revelar-me a ti...
Sou como uma ilha deserta, e sobre mim paira uma suave neblina, uma bruma de mistério e de encantos, para me desvendares terás de ir até mim…
Talvez pressintas que as minhas ténues palavras são como mel envenenado porém, o facto não o são.
e…tu próprio vais desvendar esse mistério, e o teu pensamento com uma troca de palavras vai desvanecer com o tempo, vais lobrigar-te com um novo pensamento…um pensamento lúcido, cristalino como a água de um grande lago puro transparente e cintilante.
Podes pensar que são palavras vagas ao sabor do vento porém, cada palavra decreta muito de mim…
Beijinho mélico
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(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*

Quinta-feira, 15 de Novembro de 2007

Está encrostada em sua pele, na mente,
no seu charme feminino,
sem necessidade das palavras para a descrever,
ela está lá, é a sua essência.
Na beleza do seu corpo torneado,
revelando a sensualidade…
na delicadeza, e meiguice das suas palavras
que tanto anseias ouvir…
Está enraizada na sua tez suave, macia,
como uma pluma a flutuar num sopro de brisa...
e… no seu sorriso deslumbrante,
magico, doce e quente,
que te faz despertar a felicidade,
nos momentos em que estás triste,
amargurado.
Como uma magia profunda e os seus ocultos mistérios,
perdes-te naquele olhar profundo,
que só tu conheces…
Nos gestos delicados,
quando por momentos sentes o toque da sua pele suave na tua…
Sem imaginares como, estás nos braços dela,
emaranhado na sua teia de sedução, e encantamento.
Porém, ela presenteia-te
como algo igualável, algo único,algo só dela,
um suave carinho, um abraço apertado,
um beijo fugaz e...
uma doce palavra de amor…
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(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*



À beira-mar numa bela noite de luar meus cabelos negros esvoaçavam ao sabor do vento. Meu corpo iluminado pela luz da lua, trémulo, sentia o ar frio da brisa do mar. Enterrada nos meus pensamentos alucinantes.
Recordei por momentos as tuas palavras, palavras não romanceadas, palavras amargas.
Por instantes imaginei-te à minha frente, como uma magia perfumada, uma aura de mistério…
Senti, o toque suave da tua pele nua na minha, por momentos numa troca de olhares vi o teu olhar meigo e doce.
E… inesperadamente algumas lágrimas brotaram dos meus olhos fechados…
Deparei-me com as mãos a tapar o meu rosto ensopado de lágrimas e com um sentimento de perda, um vazio profundo, algo indecifrável, algo que nunca imaginei acontecer…
Contudo, eu estava ali sozinha, perdida, com os meus frágeis pensamentos a tilintarem em minha mente esgotada, cansada, obrigando -me ver o que não queria…
A noite começou resfriar, tornando o ar, frio e húmido, daquela praia, o meu vestido fino de seda, com a luz do luar, via-se a silhueta do meu corpo, esguia de contornos perfeitos.
Algures na escuridão da noite avistava-se uma luz vermelha, que outrora tinha sido um farol para os pescadores não se perderem no mar, nas noites de tempestade.
Comecei, pé sobre pé, a caminhar para o mar, uma, duas, três passadas sentia, o toque suave da areia fina nos meus pés descalços.
As minhas pernas trémulas pediam-me para me sentar na areia, olhei em frente e vi as ondas do mar, grandes e robustas, omnipotentes, a morrerem junto aos meus pés.
Senti um doce aroma de perfume no ar, porém, não um perfume qualquer, mas sim, um peculiar perfume afrodisíaco, um perfume que me era familiar…
Senti uma presença trás de mim…
Pressenti, uma sombra, um corpo quente aconchegante a colar-se ao meu…
como um sopro de vento forte, levantou-me alguns fios de cabelos, puxando-os levemente para trás. Naquele momento meu corpo frágil, estremeceu, estremeceu e vibrou, senti um rosto a afagar-me o meu pescoço, uns suaves lábios a acariciarem-me a minha pele exposta.
Senti, dois braços envolveram-me, apertaram-me com força, sentindo os meus ossos a doer, e uma elevação da temperatura do meu corpo, um aconchego…
Dois braços fizeram o meu tronco descair, puxando-me suavemente, sem forças para resistir, o meu corpo obedeceu, e deitou-se na areia.
Deitado ao meu lado, o seu braço esticou-se muito suavemente, tocou-me com os seus quentes,delgados dedos, no meu rosto ameno.
Seus lábios com ternura procuravam e encontravam os meus num silêncio taciturno.
Seus dedos ao tocarem-me continham um suave carinho, uma doçura, uma tentação que descia pelo meu corpo…
Senti o sensível toque suave a percorrerem-me o meu corpo com beijos fugazes… Entretanto, as suas mãos com agradáveis carícias percorreram a minha pele despida despertando-me paixão… desejo.
Num sussurro no meu ouvido escutei, uma palavra, que tanto, esperava e ansiava ouvir, “amo-te”.
Dois corpos rolaram na areia, dois corpos se uniam, dois corpos…
Roupas esvoaçavam ao sabor da brisa com uma inquietude tremenda…
toque… pele com pele, beijo com beijo…saboreamos o néctar dos deuses …
Senti-me a despertar de um sono, de um sono profundo, tranquilizante, reparador, em simultâneo uma luz forte dourada perturbava-me a minha visão, obrigando-me a abrir os meus olhos. Esfreguei -os com as costas das mãos, retirei os cabelos negros, sob o meu rosto. Os raios de sol entravam, e iluminavam as paredes do quarto, “que me era familiares” com uma fulgente áurea. Senti os lençóis suaves na minha pele nua a aquecerem-me, a alguns palmos de distância, o teu lado vazio da cama sentia a tua falta…
Por momentos, fui enredada numa teia de pensamentos, pensamentos agradáveis, deliciosos, e ao mesmo tempo perturbadores, confusos, nublados, sombrios, pelo facto de não recordava o dia anterior, tudo não passaria de um sonho? Confusa, destroçada, não queria acreditar, sozinha ali novamente, seria as malhas do destino? O que pretendia ele de mim??? Na minha mente, cansada, esgotada, surgia apenas, e só, aquele sonho maravilhoso… uma noite numa praia vazia, uma lembrança ao luar …
Num acto impensado, deitei-me para o outro lado da cama, esforçando -me e obrigando-me a voltar àquele belo sonho, porém sem sucesso…
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(¸.•´ (¸.•` *Nárwen*

pensamentos: Uma lembrança ao luar…